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29 de setembro de 2011

Somente por que sou poeta?

Às vezes o silêncio me tortura...
E uma revolta loucamente volta!
Meu coração - essa eterna revolta..
Vida, fantasma, sonho e amargura...

Basta uma dor ou qualquer noite escura...
Dentro de mim - qualquer reviravolta...
Uma palavra que outra boca solta...
Vêm-me a desesperança e a desventura!

Mas o que é? Por que tanta fraqueza?
Se em minha vida prevejo beleza...
Por que esta vida me soa inquieta?

Por que será que eu vivo desse jeito?
Será um ódio dentro do meu peito?
Ou tão somente por que sou poeta?

Caruaru, 31 de agosto de 2011.