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23 de fevereiro de 2011

Será que nunca fui poeta?

Eu sou mesmo um poeta, eu me afastava...
Quando ela orgulhosa nem me via...
Outros riam pensando que eu não ia...
Ser feliz quando um sonho alimentava...

Porém muitos achavam que eu estava...
Enganado e poeta eu não seria...
Recitando um poema eu me envolvia...
E uma voz debochando ironizava...

Eu descia do palco sem saber...
Se era mesmo um poeta ou só quis ser...
Mas minha alma intranquila e inquieta...

Me lembrava de um rosto me querendo...
E uma voz delicada me dizendo...
Você é Clécio Dias – Meu Poeta!!!

Clécio Dias, Poeta Santa-cruzense!

8 de fevereiro de 2011

O Poeta da Revolta

Poeta da Revolta!
Clécio Dias

Essa revolta, às vezes, me faz bem...
Quando me sinto o mais injustiçado...
Uma amargura me deixa calado...
Num sentimento que me deixa aquém...

Quando percebo que posso ir além...
Dos meus sentidos, sou incendiado...
Ser eu, ser pleno – um direito sagrado...
Sem dar satisfação a seu ninguém...

Seguir a vida, muitas vezes, triste...
Como um fantasma que nunca desiste...
Nesse caminho que já não tem volta...

Ser esse nada dentro do universo...
Que só consegue produzir um verso...
Quando “serenamente” se revolta!!!

Clécio Dias, Poeta de Santa Cruz do Capibaribe.

4 de fevereiro de 2011

Esquecido


Um poema esquecido...
                           Clécio Dias
Eu passei uma noite lhe escrevendo...
Um poema em formato do seu rosto...
Outro dia seus olhos me encantaram...
Numa tarde me encheram de desgosto...

Fui embora tão cheio de revolta...
Sua farsa – um caminho tão sem volta...
 Eu fazendo um poema... minha mágoa...
Meu olhar tanta raiva, tanta água....
Em meu rosto choveu ingratidão...

A cidade entretida e esquecida
Meu poema esquecido por você...
A cidade não quis nem perceber...
Que o poema era a luz da minha vida!

Fui embora chorando - uma revolta...
Uma dor, uma perda tão sem volta!
Se esqueceram de mim quando eu surgi...
Não notaram no dia que eu parti...

Ninguém sabe do dia que eu voltei...
Eu por isso chorando revirei...
A revolta sem volta que revolta...

Leio agora um poema sem lembranças...
Um dor que tortura as esperanças...
De um poema esquecido e rabiscado...
Um coração ora tão revoltado...
Ciente e certo desse esquecimento!

Clécio Dias, Poeta de Santa Cruz do Capibaribe.